domingo, 30 de agosto de 2009

Tamagochi

Segue na íntegra a última coluna do Acontecendo Aqui!

Tamagotchi

Estive pensando como poderíamos comparar uma campanha virtual com algo mais próximo do nosso conhecimento. Então comecei a exercitar alguns comparativos, procurando algo que teria que ser cuidado, alimentado, observado. Pensei em uma criança, ou melhor, um bebê, pois ele precisa ser alimentado, observado, cuidado, trocado de roupa, ensinado a falar e com quem se relacionar mas, por fim, este bebê cresce, toma conhecimento de si e anda em seu próprio caminho.

Isso poderia ser uma realidade se comparado somente a uma ação de rede social. Criar um Orkut, Facebook ou Twitter é muito simples. Porém, em toda estratégia temos que ter como vamos alimentar estes caras e como vamos ter certeza que eles vão se relacionar com quem queremos. Hoje temos ferramentas para fazer isto, mesmo sabendo que a internet não é um universo completamente controlado.

Mas assim também é no mundo real, onde sabemos que nossos filhos não vão se relacionar somente com quem queremos. Nos dois casos, o controle total é impossível. Mas isso não significa que seremos ilhas incomunicáveis congelados pelo medo do que pode vir. Empresas que fazem isso estão perdendo terreno para as mais comunicativas e bem relacionadas.

Talvez, sendo um pouco mais abrangente e tendo mais liberdade, poderíamos pensar em um ecossistema que tem todos os processos definidos. Quando um caminho não se resolve por interferência externa, ele encontra outra forma de resolver seu problema. Assim, de forma continua, ele não precisa ser observado. Funciona sozinho.

Para acabar com a comparação pensei no tamagotchi, aquela bichinho virtual que todo jovem tinha, que precisava ser alimentado, observado, trocado de roupa, dado banho. Algumas gerações inclusive trocaram informações via Bluetooth ou infravermelho. Alguns migraram para sites e hot sites e passaram e ter uma rede de relacionamento de bichinhos amigos, voila!

Por alguns minutos realmente achei que tinha encontrado o comparativo, mas pensando bem, acho que as estratégias digitais, elas sim, têm um pouco de tudo que conhecemos e um pouco mais. Não adianta pensar isoladamente em fazer uma simples ação e criar um perfil no Orkut. Temos que alimentar, colocar um banner em um site/portal, pensar para onde o usuário vai. É preciso mais do que disparar uma newsletter, mas pensar em taxa de rejeição, opt-in, em ações a CPC (custo por clique) e principalmente observar e estudar todas as ações e reações que vamos ter com a internet.
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